Uma história visual lírica e errante sobre nossa humanidade compartilhada

Errante é uma viagem que registra o mundo exterior para nos revelar algo interior. Uma revelação analógica de fotografias em preto e branco.

O artificial não compreende o mundo real, tão palpável como os negativos e copiões esquecidos do fotógrafo. Momentos provisórios, errantemente registrados e que, errando pelo tempo, ressurgem no presente.

Mas não errantes por descuido ou por erro. O Errôneo chega ao destino errado. O Errante não tem destino certo. O efêmero, o transitório, o inesperado, o desconhecido. Nada disso se encontra em um mapa.

Navegar é preciso, viver não é preciso.
É preciso fugir do certo para encontrar o incerto.
É preciso errar para ser humano.
É preciso ser errante para descobrir o que é ser.

ER.RAN.TE

[From Latin errans+ntis] • Adj. • eˈʀɐ̃t(ə)

  1. Uma procura pelo registro de imagens efêmeras, perseguindo o desenho de linhas tênues que separam o mundo interior do exterior. Um olhar para dentro e para fora, para a intimidade e para o horizonte. Mundos paralelos e provisórios. Instantes de sobrevivência.
  2. Descoberta dos limites traçados pela natureza, da resistência dos fragmentos cotidianos, da fragilidade da vida na terra. Céu e chão, aprisionamento e liberdade, micro e macro, causa e efeito.
  3. Diagonais que traçam perspectivas vulneráveis. Um desenho volátil de caminhos ramificados. Uma forma sutil de apontar em direções possíveis e ao mesmo tempo opostas e antagônicas.
  4. Imersão em um universo introspectivo e atemporal de defesa e contemplação. Incorporação do acaso como expressão e linguagem. Observação e registro de sinais de vulnerabilidade presentes no cotidiano.
Parque Nacional Serra da Canastra – MG – 2000
Aeroporto, Bauru – SP – 1998

Errante mostra o sentido da discussão da fotografia por ela mesma, como elemento gráfico, de registro de um tempo sem uma problematização exagerada de seu conteúdo.

No entanto, o conjunto não deixa de cutucar o espectador. A impressão é que estamos em uma espécie de estética da “nouvelle vague” brasileira.

Busca o delicado equilíbrio dos aspectos transitórios, os quais representam a dualidade da vida, imerso em universo introspectivo e atemporal, a registrar sinais e marcas presentes no cotidiano.

Juan Esteves
Fotógrafo e Jornalista

National Park – Serra da Canastra – MG – 2000
Página dupla interna do fotolivro Errante.
National Park – Serra da Canastra – MG – 2000

SOBRE

O ensaio Errante reúne imagens captadas por Fernando Angulo durante viagens na década de 1990.
O material foi editado, 30 anos depois, em um livro com tiragem de 250 exemplares, numerados e assinados, dentro da coleção Olhavê {Projeto}, que contempla autores brasileiros com trabalhos inéditos, narrativas concisas e ênfase na potência poética.

Tiras de filme 35mm – folhas de contato, circa 1992.
Página dupla central do fotolivro Errante.
Tiras de filme 120mm – folhas de contato, circa 2002.
Parque Nacional Serra da Canastra – MG – 2000

Este fotolivro captura de forma belíssima a essência do interior brasileiro por meio de imagens feitas na década de 1990. Editado e publicado 30 anos depois, Errante faz parte da coleção Olhavê{Projeto} {Projeto}, que destaca a força poética da fotografia brasileira.

Cada uma das 250 cópias é numerada e assinada, tornando-se uma peça única de arte. Disponível agora na loja online da Angulo Design, é uma adição perfeita para qualquer coleção, especialmente para aqueles que apreciam a fusão entre fotografia e narrativa poética.


Ficha Técnica

FotografiaFernando Angulo
EdiçãoGeorgia Quintas
Alexandre Belém
Coleção Olhavê {Projeto}
Design gráficoFernando Sciarra
Tratamento de imagemEstúdio 321
ImpressãoGráfica Ipsis
Tiragem250 cópias
numeradas e assinadas
ISBN978-85-93223-13-6